quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Jesus, mito ou realidade?

Apresentação de slides adaptado do estudo realizado pelo PhD. Dr. Rodrigo P. Silva, Especialista em Arqueologia Bíblica e Curador-adjunto do Museu de Arqueologia Bíblica do UNASP, apresentado no livro "Escavando a Verdade".

Pelo menos há o bronze...

No dia 30 de março de 2008, a BBC pôs no ar o documentário “Enigmas do Sagrado”, dando conta de que escavações realizadas no Egito, Arábia Saudita e Israel revelaram indícios da fuga do povo hebreu da escravidão egípcia. Mas, depois de apresentar os fatos, vêm as especulações (pra variar...): “em seu refúgio em Midiã, Moisés teria tido seu primeiro contato com Deus por meio de um fascinante episódio: um arbusto em chamas que não tinha seus galhos ou folhas consumidos pelo fogo. Para um físico da Universidade de Cambridge, EUA, poderia se tratar de um fenômeno natural e muito raro. O fogo poderia ter sido causado por um escapamento de gás natural, ocorrência comum no Oriente Médio, e o arbusto seria uma acácia, planta que demora a virar cinza, uma vez em chamas”. Quanta imaginação... Melhor deixar o relato como está na Bíblia. Despir essas epifanias de seu teor sobrenatural sempre gera histórias inverossímeis.

O documentário prossegue: “O chamado de Deus incumbiu Moisés de guiar o povo hebreu até a chamada terra prometida, em uma longa travessia pelo deserto de Sinai, que duraria 40 anos. No meio do caminho, o Mar Vermelho. A passagem bíblica descreve que Moisés posicionou-se em frente ao mar e as águas se abriram, criando um corredor seguro para os hebreus. A história conta ainda que, quando o exército egípcio entrou pelo mesmo corredor, as águas se fecharam e afogaram os soldados do faraó.

“Para este mistério, pesquisadores recorrem a diferentes fenômenos: ventos fortes, tsunamis e outros desastres naturais [sempre na tentativa de se desviar do milagre]. Uma das hipóteses mais discutidas é a da erupção de um vulcão na Ilha Santorini, Mar Egeu, cuja força teria sido equivalente a mil bombas atômicas. Reproduções feitas por computador mostram que o vulcão teria lançado lava por toda a região, incluindo o Mar Vermelho. Em contato com a água fria, a lava teria se transformado em rocha, tornando possível a passagem do povo hebreu. [Taí! Uma ponte de pedra instantânea para os fugitivos! Parece que o milagre “natural” fica ainda mais incrível assim!]

“Outra explicação [explicação?] seria uma excepcional maré baixa, possibilitando a passagem pelo estreito de Tiran, entrada do Golfo de Aqaba. Vestígios de bronze encontrados na região reforçam a tese, uma vez que o bronze era utilizado na fabricação de armaduras egípcias, uma indicação de que soldados morreram no local. Moisés não chegou a conhecer a terra prometida, assim como a maioria dos ‘fugitivos’, mas foi a partir dessa jornada que eles conseguiram construir uma nação.”

Bem, tirando as fantásticas especulações dos pesquisadores céticos, pelo menos dica o bronze. Que os soldados morreram lá, como diz a Bíblia, parece ser a única certeza apresentada no documentário. Exatamente como está nas páginas sagradas.


Abaixo, uma matéria que foi exibida pela Record, na verdade o resumo do documentário que foi produzido pela BBC Londres que é referência para toda mídia mundial.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O ossuário do irmão de Jesus e o silêncio da mídia

Quando descobrem um fóssil duvidoso tido por algum especialista como "elo perdido" ou coisa que o valha, a mídia geralmente faz aquele estardalhaço. Por que, então, silenciaram sobre a primeira descoberta arqueológica referente a Jesus e Sua família? O ossuário (urna funerária, foto abaixo) de Tiago data do século 1 e traz a inscrição em aramaico "Tiago, filho de José, irmão de Jesus" (Ya'akov bar Yosef achui d'Yeshua). Oculto por séculos, o ossuário foi comprado muitos anos atrás por um colecionador judeu que não suspeitou da importância do artefato. Só quando o renomado estudioso francês André Lemaire viu na urna, em abril de 2002, a inscrição na língua falada por Jesus, foi que se descobriu sua importância. O ossuário foi submetido a testes pelo Geological Survey of State of Israel e declarado autêntico. Segundo o jornal The New York Times, "essa descoberta pode muito bem ser o mais antigo artefato relacionado à existência de Jesus".

Estou lendo o ótimo livro O Irmão de Jesus (Editora Hagnos, 247 p.), que trata justamente da descoberta do ossuário de Tiago. A autoria é de Hershel Shanks, fundador e editor-chefe da Biblical Archaeology Review, e de Ben Witherington III, especialista no Jesus histórico e autor de vários livros sobre Jesus e o Novo Testamento. O prefácio é do próprio Lemaire, especialista em epigrafia semítica e autoridade incontestável no assunto. Hershel conduz a história de maneira muito interessante, revelando os bastidores da descoberta e as reações a ela, afinal, o ossuário, além de autenticar materialmente o Jesus histórico, afirma que Ele tinha um irmão chamado Tiago, filho de José e, possivelmente, também de Maria. Segundo a revistaTime, trata-se de "uma história de investigação científica com alta relevância para o cristianismo", talvez por isso mesmo deixada de lado por setores da mídia secular e antirreligiosa.

O livro é bom, o achado é tão tremendo quanto o dos Manuscritos do Mar Morto (na década de 1940), e eu estou fazendo minha parte, divulgando-o aqui. Vale a pena ler!


Michelson Borges - do Blog: Criacionismo

domingo, 16 de agosto de 2009

Evidências- Em busca de Adão e Eva

Parte 1


Parte 2

Parte 3

O Êxodo

A arqueologia tem sido a maior amiga dos historiadores e estudiosos bíblicos na procura de locais e objetos que possam evidenciar o trajeto dos hebreus. Já são muitas as evidências encontradas no Egito e na Arábia Saudita.

No último século arqueólogos redescobriram evidências sobre a escravidão dos hebreus, as pragas e a fuga do Egito. A pintura abaixo é uma entre outras encontradas nas paredes da tumba de um comandante chamado Khnumhotep II (século XIX A.C.) onde estão registradas a entrada de um grupo de cerca de 37 palestinos (de barbas) trazendo suas mulheres, crianças, arcos, flechas, lanças, harpas, jumentos e cabras caracterizando que não se tratava de uma invasão, por causa da submissão aos egípcios (mulatos).


A figura n° 115 (imagem abaixo) da publicação The Ancient Near East in Pictures (Pritchard) mostra inscrições no Egito sobre o trabalho escravo (século XV A.C.) na fabricação de tijolos e na construção (Êxodo 1.11-14). Alguns textos egípcios mencionam cotas de tijolo e uma falta de palha, como em Êxodo 5.6-19.


Há sinais das pragas nas ruínas da antiga cidade de Avaris e no chamado "papiro de Ipuwer" encontrado no Egito no início do último século, levado para o Museu Arqueológico Nacional em Leiden na Holanda sendo decifrado por A.H. Gardiner em 1909. O papiro completo está no Livro das Advertências de um egípcio chamado Ipuwer. Este descreve motins violentos no Egito, fome, seca, fuga de escravos com as riquezas dos egípcios e morte ao longo da sua terra. Pela descrição ele foi testemunha de pragas como as do Êxodo. A tabela abaixo compara os relatos de Ipuwer e Moisés:

Clique no quadro para ampliar


Outra evidência da passagem dos hebreus pelo Egito foi a descoberta do Vale das Inscrições (Wadi Mukattab) na Península do Sinai.


Uma das inscrições feitas por hebreus descreve com detalhes a fuga pelo Mar Vermelho. As inscrições foram feitas em hebraico antigo em pedras e arqueólogos e pesquisadores ainda não sabem dizer quem são seus autores. Há também hieróglifos egípcios a respeito das minas de turquesa da região de Serabit El Khadim, inscrições de mineiros Canaãnitas e Nabateanos, em grego, latim e árabe ao longo do vale.

O explorador Charles Forster publicou estes achados em seu livro "Sinai Photographed" em 1862. Ele concluiu que estas inscrições eram uma combinação de alfabetos hebreus e egípcios que descrevem o Êxodo. A foto abaixo foi tirada em 1857 por Francis Frith.


A mais recente descoberta sobre a passagem dos hebreus no Egito foi apresentada em 2003 quando 2 arqueólogos israelitas concluíram estudos dos anos 30 na parte ocidental do Nilo onde a Universidade do Instituto Oriental de Chicago estava fazendo escavações em Medinet Habu, área do sul da necrópole de Tebas. Arqueólogos descobriram evidências de algumas cabanas semelhantes às casas de 4 quartos predominantes na Palestina durante toda a Idade do Ferro (1200-586 A.C.).


Historiadores antigos e famosos também relataram a passagem dos hebreus no Egito:

Flavio Josefo, historiador judeu do 1° século D.C., em sua obra Josefo Contra Apion - I, 26, 27, 32 menciona dois sacerdotes egípcios: Maneto e Queremon que em suas histórias sobre o Egito nomearam José e Moisés como líderes dos hebreus. Também confirmaram que migraram para a "Síria sulista", nome egípcio da Palestina.

Diodoro Siculo, historiador grego da Sicília (aproximadamente 80 a 15A.C.) escreveu que "antigamente ocorreu uma grande pestilência no Egito, e muitos designaram a causa disto a Deus que estava ofendido com eles porque havia muitos estranhos na terra, por quem foram empregados rito estrangeiros e cerimônias de adoração ao seu Deus. Os egípcios concluíram então, que a menos que todos os estranhos se retirassem do país, nunca se livrariam das misérias".

Herodoto, historiador grego intitulado o Pai da História, escreveu o livro "Polymnia". Na seção c.89 escreve: "Essas pessoas (hebreus), por conta própria, habitaram as costas do Mar Vermelho, mas migraram para as partes marítimas da Síria, tudo que é distrito, até onde o Egito, é denominado Palestina". São localizadas as costas do Mar Vermelho, em parte, hoje o Egito, enquanto são localizadas as partes marítimas da Síria antiga, em parte, o atual Estado de Israel.

sábado, 15 de agosto de 2009

Evidências - Arqueologia Bíblica – Introdução

Abaixo publico dois vídeos, sequenciais, do Programa Evidências apresentado pelo PhD Rodrigo P. Silva, Especialista em Arqueologia Bíblica que nos explica um pouco sobre a origem da Arqueologia Bíblica.

Essa ciência maravilhosa que Deus nos ofereceu como ferramenta para fortalecer a fé de muitos que já estão neste caminho e não deixar que outros, com intenções dúbias, sobressaiam sobre o textemunho a verdadeiro; a Palavra de Deus!

Parte 1


Parte 2


Vejam também:
"Manuscritos do Mar Morto"
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