terça-feira, 31 de março de 2009

Quem escreveu os Manuscritos do Mar Morto?

Os Manuscritos do Mar Morto podem ser considerados a maior descoberta arqueológica do século 20. Graças a eles, caiu por terra a alegação de que a Bíblia conteria erros oriundos de copistas descuidados ou mal intencionados. Datados seguramente de até 250 anos antes de Cristo, os pergaminhos preservados nas cavernas de Qumran, no deserto da Judéia, e descobertos em 1947, deixaram claro que as versões bíblicas existentes até então (e, logicamente, as de hoje também) eram plenamente confiáveis e refletiam o conteúdo da versão corrente no tempo de Jesus – a versão que Ele leu e considerou autorizada.

Nesta semana, a revista Veja traz reportagem sobre uma nova tese defendida pela historiadora israelense Rachel Elior. Há dez anos ela se dedica ao estudo dos Manuscritos e afirma que os autores deles não foram os essênios (uma seita de judeus ascéticos), como comumente alegado, mas, sim, os saduceus. Leia aqui alguns trechos da matéria:

“Elior (...) concluiu que os textos pertenciam a um clã de sacerdotes conhecidos como saduceus, e que os essênios não passam de uma ficção literária criada pelo historiador judeu Flávio Josefo, que viveu em Roma no século I. Ela argumenta que a versão fantasiosa foi acatada como verdade desde então, mas que não há uma só menção aos próprios essênios nos manuscritos: ‘Ao contrário, os autores identificam-se claramente como sacerdotes, filhos de Zadoque.’ Os saduceus foram banidos de Jerusalém no século II a.C., e Elior acredita que os manuscritos são parte da biblioteca do templo levada por eles para um esconderijo seguro no deserto. Descrições dos essênios feitas por antigos gregos e romanos afirmam que havia milhares deles vivendo em comunidade e que evitavam o sexo. Isso chama atenção, pois ia contra a exortação bíblica de ‘crescei e multiplicai-vos’, respeitadíssima no judaísmo. ‘Não faz sentido milhares de pessoas terem vivido em desacordo com a lei religiosa e não haver menção alguma a elas em textos ou fontes judaicas do período’, argumenta Elior. (...)

“Elior não cede aos críticos. ‘A maioria de meus oponentes só leu Josefo e outras referências clássicas sobre os essênios’, diz. ‘Deveriam ler os Manuscritos do Mar Morto. Neles está a prova.’”

quarta-feira, 18 de março de 2009

Uma ironia da Arqueologia Bíblica


Uma das maiores ironias no mundo acadêmico é saber que os piores inimigos da Bíblia não são ateus, evolucionistas ou agnósticos, mas sim teólogos bíblicos que lecionam Antigo e Novo Testamento em universidades nos Estados Unidos e Europa. Esse é caso de Philip Davies, da Universidade Sheffield, na Inglaterra. Para ele, Davi não é mais histórico do que o Rei Artur e os cavaleiros da távola redonda; em outras palavras, folclore britânico. Essa é a opinião dele na obra In the Search of 'Ancient' Israel (Em busca do 'antigo' Israel), publicada em 1992. Seu argumento, porém, era baseado no silêncio de fontes históricas fora da Bíblia que mencionassem o famoso rei israelita. Um argumento, diga-se de passagem, muito perigoso para qualquer acadêmico.

Ironicamente, um ano após Davies publicar sua obra, a equipe de Avraham Biran, arqueólogo do Hebrew Union College, em Jerusalém, encontrou em Tel Dan, no norte de Israel, o fragmento de uma estela (pedra) contendo o registro histórico de um guerra entre os reis da Síria, Israel e Judá. Nesse documento, o reino de Israel é chamado "Casa de Israel", enquanto o reino de Judá é chamado de "Casa de Davi" (na quinta linha de baixo para cima, na foto)!

Ao anunciar a descoberta, a Biblical Archeology Review destinou mais de 15 páginas para falar a respeito do assunto, escritas pelo próprio Dr. Biran. Poucas edições depois, foi a vez de Philip Davies contra-atacar. Segundo ele, o documento arqueológico poderia ser uma fraude. O que Davies se esqueceu foi que o artefato não foi comprado de nenhum comerciante palestino ou judeu, mas foi desenterrado pela auxiliar de campo Gila Cook.

Outro argumento utilizado pelo acadêmico de Sheffiled é a tradução da expressão aramaica BYTDWD como "Casa de Davi". Ele notou que todas as palavras do texto estão separadas por um ponto, mas nessa expressão não há ponto algum. Sendo assim, a tradução "Casa de Davi" estaria sendo forçada. Porém, ele só se esqueceu do que os linguistas já sabiam: que quando há junção de um substantivo (BYT - casa) e um nome próprio (DWD - Davi), não se utiliza nenhum ponto na separação. Esse era um costume comum entre assírios, babilônicos e arameus (e a estela foi escrita em aramaico) no registro de um texto.

Para Kenneth Kitchen, uma das maiores autoridades em estudos orientais da atualidade, a descoberta é tremenda. De acordo com ele, a expressão "Casa de..." refere-se ao fundador da determinada dinastia, sendo atestada em todo o Antigo Oriente Médio. Estaria esse documento mencionando o rei Davi, autor do famoso Salmo 23? As evidências sugerem que sim. Bastou apenas um ano para uma descoberta arqueológica desmoronar a pesquisa de Philip Davies! Isso sim é ironia.

Tive a oportunidade de ver essa peça em exposição no dia 24 de agosto do ano passado, no Masp, em São Paulo. Fiquei por aproximadamente cinco minutos observando cada detalhe do artefato e relembrando as diversas histórias desse personagem chamado Davi. Eu já conhecia a história do achado e o seu valor para o cristão no século 21, mas mesmo assim foi uma experiência poderosa, uma vez que a história bíblica pôde transpor milênios e ganhar um colorido mais acentuado através de um artefato de quase três mil anos!

(Luiz Gustavo Assis, Outra Leitura)

Monstro marinho gigante era 4 vezes mais forte que T-rex

O fóssil de um monstro marinho gigante, que habitava os mares há 147 milhões de anos [sic] (período Jurássico) e foi encontrado recentemente no Ártico, era capaz de alcançar uma potência no ataque que faria o temido Tiranossauro rex parecer pequeno, disseram cientistas noruegueses nesta segunda-feira. O recém-batizado "Predador X" - uma espécie de pliossauro com 15m de comprimento e peso de 45t - foi descoberto no arquipélago norueguês de Svalbard.

Pra se ter uma ideia da grandiosidade do monstro marinho, ele tinha dez vezes mais força do que qualquer ser vivo atual, incluindo o grande tubarão branco. Além disso, cada dente de sua enorme mandíbula media cerca de 30cm e abocanhava as presas com quatro vezes mais força que o temido Tiranossauro Rex, explicaram os cientistas da Universidade de Oslo, citados pelo jornal britânico The Mirror.

"Com um crânio que tem mais de 3m de comprimento, esperava-se que a mordida fosse poderosa, mas isso é fora de proporção", disse Joern Hurum, que comandou a escavação em 2008. De acordo com ele, esse predador marinho "era muito mais poderoso que o T-rex", considerado o maior predador carnívoro entre os dinossauros.

Os cientistas reconstruíram a cabeça do bicho e estimaram sua força com base nas mandíbulas com formato semelhante de crocodilos de um parque da Flórida. O animal era semelhante, embora mais corpulento, a um outro fóssil marinho encontrado em 2007 em Svalbard, também com estimados 15m de comprimento - o maior pliossauro achado até então.

Do primeiro animal, Harum imaginava que fosse capaz de mastigar um carro popular. Quanto ao segundo, ele prefere rever a escala de valores. "Esse é mais como se fosse esmagar um (jipe) Hummer." Outra descoberta é que o pliossauro tinha um pequeno cérebro estreito, com formato semelhante ao do grande tubarão branco, segundo tomografias feitas por Patrick Druckenmiller, da Universidade do Alasca.

Os pliossauros caçavam animais semelhantes às atuais lulas, peixes e outros répteis marinhos. O "Predador X" tinha quatro grandes nadadeiras - talvez usasse duas para o nado normal, e outras duas para "arrancadas".

(Terra)

Nota: A pergunta é: Que tipo de catástrofe foi essa capaz de deslocar quantidade imensa de sedimentos que cobriram instantaneamente animais desse porte a fim de que pudessem fossilizar? E além disso, diante desse monstro marinho, e de outros que possivelmente ainda não foram descobertos, fica a dúvida quanto a todas as histórias de monstros marinhos, monstros que estão na história de muitas civilizações milenares que se aventuravam em desbravar o mar. Caso para a antropologia. Será que era tudo história de pescador? Diante desse fóssil, as grandes probabilidades de ser tudo lenda cai um pouquinho.

sábado, 7 de março de 2009

Algumas estrutura construída por mãos humanas e descrita na Bíblia que já foram escavadas por arqueologistas

Diversas estruturas bíblicas foram desencavadas. Entre estas, as mais interessantes são:


Base da Torre de Babel


Teatro em Éfeso, Turquia
O teatro em Éfeso, Turquia.

  • O palácio de Jericó onde Eglom, rei de Moabe, foi assassinado por Eúde ( Juízes 3:15-30 ).
  • O Portão leste de Siquém onde Gaal e Zebul observaram a aproximação das tropas de Abimeleque ( Juízes 9:34-38 ).


  • O Tempo de Baal / El-Berite em Siquém, onde foram obtidos fundos para o reinado de Abimeleque e onde os cidadãos de Siquém se refugiaram quando Abimeleque atacou a cidade (Juízes 9:4 , 46-49 ).
  • O tanque de Gibeão onde as forças de Davi e Is-Bosete lutaram pelo reinado de Israel ( 2 Samuel 2:12-32 ).

    Tanque de Gibeão

  • A Piscina de Hesbom, que foi comparada aos olhos da mulher sulamita ( Cântico dos Cânticos 7:4 ).
  • O pálacio real de Samaria onde os reis de Israel viveram (1 Reis 20:43 ; 21:1 , 2 ; 22:39 ; 2 Reis 1:2 ; 15:25 ).
  • O tanque de Samaria onde o carro do rei Acabe foi lavado após sua morte ( 1 Reis 22:29-38 ).
  • O aqueduto sob Jerusalém, cavado pelo rei Ezequias para prover água durante o cerco assírio ( 2 Reis 20:20 ; 2 Crônicas 32:30 ).
  • O palácio real da Babilônia onde o rei Belsazar deu um grande banquete e Daniel interpretou a escrita na caiadura da parede ( Daniel 5 ).
  • O palácio real em Susã onde Ester foi a rainha do rei persa Assuero (Ester 1:2 ; 2:3 , 5 , 9 , 16 ).
  • O portão real em Susã onde Mordecai, tio de Ester, se assentou (Ester 2:19 , 21 ; 3:2 , 3 ; 4:2 ; 5:9 , 13 ; 6:10 , 12 ).
  • A praça da cidade em frente ao portão real, onde Mordecai encontrou Hataque, eunuco de Assuero ( Ester 4:6 ).

  • A fundação da sinagoga em Cafarnaum onde Jesus curou um homem que tinha um espírito imundo ( Marcos 1:21-28 ) e deu o sermão do pão da vida ( João 6:25-59 ).
  • A casa de Pedro em Cafarnaum onde Jesus curou a sogra de Pedro e outras pessoas ( Mateus 8:14-16 ).
  • O poço de Jacó onde Jesus falou à mulher samaritana ( João 4 ).
  • O tanque de Betesda em Jerusalém, onde Jesus curou um homem enfermo ( João 5:1-14 ).
  • O tanque de Siloé em Jerusalém, onde Jesus curou um homem cego ( João 9:1-4 ).
  • O tribunal em Corinto onde Paulo foi julgado ( Atos 18:12-17 ).
  • O teatro em Éfeso onde ocorreu a revolta dos artífices ( Atos 19:29 ). - Veja a figura acima
  • O Palácio de Herodes em Cesaréia onde Paulo foi mantido sob guarda ( Atos 23:33-35 ).
    Traduzido por Daniel Ho
    Autor: Bryant Wood da Associates for Biblical Research

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